Parceria entre ArPDF e Administração do Núcleo Bandeirante promoverá dupla ação sobre memória
Uma dupla ação do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), em parceria com a Administração do Núcleo Bandeirante, pretende valorizar a memória de uma das primeiras cidades do Distrito Federal a partir do olhar saudosista dos seus pioneiros. A ideia é promover, por meio de atividades como Chá da memória e Varal da memória, um resgate histórico dos anos seminais do Núcleo Bandeirante, colocando em evidência a identidade dos moradores do local.
O jogo é bem simples: um montante de fotos dos primeiros anos da cidade pertencentes ao acervo do Arquivo Público – cerca de 260 imagens, grande parte colorida -, será distribuído entre os pioneiros, que farão a identificação dos registros. Para humanizar o encontro, elas serão disponibilizadas, literalmente, em varais e mesas de chá.
Outro destaque do evento será a exibição de vídeos sobre a cidade resgatado pela equipe do ArPDF de um acervo particular. “Estamos negociando, junto ao Arquivo Nacional, a transferência desse material para o nosso acervo”, planeja a historiadora Cristiane Portela, coordenadora de Pesquisa do órgão.
Essas imagens raríssimas da cidade serão exibidas pela primeira vez aos pioneiros. “Acredito que será uma emoção muito grande”, comenta a historiadora.
Segundo o administrador do Núcleo Bandeira, essa parceria com o ArPDF tem efeito simbólico. “A ideia do evento é o de sensibilizar as pessoas da nossa cidade sobre o tema e buscar apoio para projetos como a publicação de um livro sobre os pioneiros”, observa o administrador do Núcleo Bandeirante, Elias Dias. “O que percebemos é que as pessoas não têm interesse pela história da cidade, principalmente os mais jovens. Precisamos soldar essa aliança que foi quebrada”, reforça.
Para o superintendente do ArPDF, Gustavo Chauvet, a iniciativa é importante porque não apenas coloca em evidência o papel do órgão no Distrito Federal, assim como dá o merecido destaque aos principais protagonistas da história da cidade. “É uma ação que vai além dos pesquisadores, possibilitando o conhecimento àqueles que são atores centrais da história do DF”, destaca.