A data comemorativa será realizada com a realização do 1º chá da memória na cidade

Os 23 anos de Samambaia serão homenageados com uma série de eventos na cidade e um deles é o resgate da história do local pelos pioneiros com a realização do primeiro Chá da Memória com a comunidade local. O encontro, uma iniciativa do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), em parceria com a Secretaria de Cultura e Administração Regional e o Conselho de Cultura de Samambaia, terá como palco um local de grande importância histórica, cultural e ambiental para a região: o Parque Três Meninas. Foi onde Samambaia começou. Lá, serão espalhadas 130 fotos do acervo do ArPDF para identificação de personagens, lugares e eventos pelos primeiros moradores do local. “E é justamente para não deixar que essa memória se perca que o Arquivo tem o prazer de realizar o primeiro chá da memória na cidade. É importante que as fotos que temos no nosso arquivo dos primórdios da cidade sejam apreciadas pelos pioneiros”, salienta o superintendente do ArPDF, Gustavo Chauvet. A ação, uma iniciativa da Coordenação de Pesquisa do órgão, vem sendo realizada com sucesso em outras cidades do Distrito Federal. “O projeto é importante por vários motivos, Samambaia faz parte de um processo de expansão urbana muito intenso e fora isso tem o fato dela comportar o que podemos chamar da primeira geração brasiliense de fato”, comenta a historiadora Cristiane Portela, Coordenadora de Pesquisa do Arquivo Público.
Para Paulo Lima, coordenador do Conselho de Cultura de Samambaia, o projeto Chá da Memória do Arquivo Público tem um caráter pessoal já que ele foi um dos primeiros moradores da cidade. “Cheguei aqui aos 15 anos, ainda existia o Chafariz”, diz o servidor, referindo-se a um dos símbolos históricos da cidade que não existe mais. “É preciso que a história de Samambaia seja preservada, manter essa memória viva, daí essa parceria nossa com o Arquivo Público do DF ser de grande elevância”, destaca.
Outro aspecto importante destacado pelos organizadores do evento é o fato da região de Samambaia ter um passado arqueológico relevante, já que ali foram identificados artefatos que registram a presença de habitantes na região entre 10 a 4 mil anos. “Temos que provocar junto à sociedade o questionamento sobre a nossa identidade, preserva o que é nosso”, defende Paulo Lima.