Governo do Distrito Federal
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22/09/12 às 11h44 - Atualizado em 13/12/18 às 17h21

ArPDF é parceiro no projeto “Marcas da memória”

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Assinatura do “Protocolo de Inteções” entre órgão do GDF e Governo Federal tem como meta abrir arquivos da ditadura

Os representantes da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, do Arquivo Públicodo DF e das secretarias de Cultura e Educação, assinaram na noite de ontem, na Sala Villa-Lobos, um “Protocolo de Intenções” com o compromisso de estabelecer, no futuro, um acordo de cooperação técnica entre as instituições. A ideia é queos quatros órgão trabalhem com o objetivo de promover resultados conjuntos, intercâmbios de informações e métodos de trabalho para o desenvolvimento de ações que possam fomentar o projeto do Governo Federal, “Marcas da memória”.

Criado no ano passado, pelo Ministério da Justiça, o projeto tem entre suas atribulações promover iniciativas que permitem a toda sociedade conhecer o passado e dele extrair lições para o futuro. Um dos temas abordados por essa iniciativa será a busca de informações relacionadas às perseguições políticas e aos processos de justiça transicionais referentes à democratização no Brasil.

“Temos que trabalhar em conjunto no esforço de abrir todos os arquivos da ditadura e colocar essas informações à disposição da sociedade para que erros como os cometidos pelo regime militar não sejam repetidos”, comentou o superintendente do Arquivo Público, Gustavo Chauvet. “A cultura trabalha com duas dimensões: a memória e a invenção. A invenção a partir do que foi criado, da tradição, daquilo que aprendemos, por isso a importância de revisitarmos esse período negro da nossa história”, observou o secretário de cultura, Hamilton Pereira. “Algumas pessoas escreveram com suas vidas páginas dessa história”, disse.

Antes da cerimônia da assinatura do “Protocolo de Intenções”, uma peça de teatro montada pelo coletivo paulista, caros Amigos Cia de Teatro, foi encenada para uma plateia de estudantes das escolas públicas do Distrito Federal, que lotaram o espaço. Autor do texto de “A filha da Anistia”, o também ator Alexandre Piccini chamou atenção para a importância de se conhecer mais sobre esse tema sombrio.

“Estamos felizes de estarmos aqui até porque esse espetáculo é o primeiro na vida de muita gente”, destacou. “Esperamos que com as informações que vocês verão possa suscitar reflexões sobre essa página triste da nossa história, uma história ainda pouco conhecida pelas novas gerações”, continuou.

Empolgado com o caráter social da apresentação, o superintendente do ArPDF Gustavo Chauvet não descartou a possibilidade da criação de uma peça similar em Brasília. “Quando os arquivos da repreensão forem abertos teremos, quem sabe subsídios também para montar uma peça que conte como foi a ditadura em Brasília”, defendeu.

Arquivo Público do Distrito Federal - Governo do Distrito Federal

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